FINDOS VERSOS
Ecos em paredes caidas
Destroços, mofos e poeira
Voaram os pássaros...
Apagou-se fogo da lareira
Tijolos jazem ao chão
Sem ecos das caidas paredes
Evaporada água do fogão
Pendentes pregos das redes
Surdos ecos do vento
E folhas mortas se vão
Ranger de porta em lamento
Travas enferrujadas ficarão
Emudecido tempo não ecoa
O eco de parede caida
E alma sem rimas voa
Sem tempo pro adeus...partida
Ecos de poemas de uma vida
Últimos versos...de despedida
Valéria Lisita

Versos que poderiam levar a qualquer lugar em que se reine a solidão. Certo, mesmo, é que leve a correr por uma estrada, uma estrada que atravessa lugares que não serão vistos, já que o que se queria ver e sentir em emoção e toques, acabou. A poesia de Valéria sempre me descortinou situações e lugares.
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