segunda-feira, 6 de maio de 2013


FINDOS VERSOS 

Ecos em paredes caidas 
Destroços, mofos e poeira 
Voaram os pássaros... 
Apagou-se fogo da lareira 

Tijolos jazem ao chão 
Sem ecos das caidas paredes 
Evaporada água do fogão 
Pendentes pregos das redes 

Surdos ecos do vento 
E folhas mortas se vão 
Ranger de porta em lamento 
Travas enferrujadas ficarão 

Emudecido tempo não ecoa 
O eco de parede caida 
E alma sem rimas voa 
Sem tempo pro adeus...partida 

Ecos de poemas de uma vida 
Últimos versos...de despedida 

Valéria Lisita


Um comentário:

  1. Versos que poderiam levar a qualquer lugar em que se reine a solidão. Certo, mesmo, é que leve a correr por uma estrada, uma estrada que atravessa lugares que não serão vistos, já que o que se queria ver e sentir em emoção e toques, acabou. A poesia de Valéria sempre me descortinou situações e lugares.

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